Um plano de recuperação de desastres não é apenas uma precaução, mas uma necessidade para garantir a continuidade das operações, proteger dados e minimizar perdas financeiras e de reputação em uma empresa.
Neste artigo, você vai conhecer os componentes fundamentais que esse tipo de plano deve incluir, desde a análise de riscos e estratégias de backup até a comunicação e realização de testes regulares. Acompanhe e descubra!
O que é um plano de recuperação de desastres e porque ele é importante?
O plano de recuperação de desastres (DRP, do inglês Disaster Recovery Plan) é um conjunto de procedimentos documentados e organizados que descrevem como uma organização pode responder rapidamente a um desastre e retomar suas operações de forma rápida e segura.
Seu principal objetivo é minimizar o tempo de inatividade e a perda de dados, garantindo a continuidade dos negócios. Um DRP bem elaborado inclui estratégias para proteger dados críticos, restaurar sistemas e infraestrutura, e comunicar-se com stakeholders durante e após um desastre. Os benefícios desse documento incluem:
- Redução de perdas financeiras;
- Proteção da reputação da empresa; e,
- Garantia da conformidade com regulamentações.
Empresas de todos os tamanhos devem investir no plano de recuperação, pois os desastres podem ocorrer a qualquer momento e ter um impacto significativo nas operações.
Sem um plano, elas correm o risco de perder dados importantes, sofrer interrupções prolongadas e até mesmo fechar as portas. Assim, o DRP ajuda a garantir que a organização possa se recuperar rapidamente de um desastre e retomar suas operações normais.
Ainda, o plano desempenha um papel relevante no cumprimento de regulamentações e padrões de diferentes setores, à medida que alguns exigem que as empresas tenham planos de contingência em vigor.
De acordo com a FEMA (Agência Federal de Gerenciamento de Emergências dos EUA), cerca de 40% das pequenas empresas nunca reabrem após um desastre. Além disso, um estudo da IBM descobriu que o custo médio de uma violação de dados é de US$ 3,86 milhões. Esses dados destacam a importância de ter um DRP abrangente e testado para garantir a resiliência e a sobrevivência dos negócios em situações inesperadas.
O que não pode faltar em um plano de recuperação de desastres?
Você está estruturando um plano de recuperação de desastres na sua empresa? A seguir, explicamos ponto a ponto, os principais aspectos que precisam ser considerados na hora de estruturar o documento. Confira!
Análise de riscos
O ponto de partida para a elaboração do plano de recuperação é a análise de riscos que contempla a identificação de possíveis ameaças e avaliação de seus impactos.
Ela envolve identificar todos os riscos potenciais que podem afetar a organização. Isso inclui:
- Desastres naturais — inundações, incêndios, terremotos;
- Falhas tecnológicas — quedas de energia, ataques cibernéticos, falhas de hardware;
- Erros humanos — exclusão acidental de dados, sabotagem;
- Interrupções na cadeia de suprimentos, entre outros.
Após identificar as ameaças, é necessário avaliar o impacto potencial de cada uma. Isso envolve determinar a probabilidade de ocorrência de cada ameaça, estimar o impacto financeiro, operacional e reputacional de cada ameaça. Depois, é necessário priorizar os riscos com base em sua probabilidade e impacto. A partir daí você tem condições de direcionar recursos e energia para as áreas mais críticas.
Backup e restauração de dados
A proteção de informações está atrelada a definição de estratégias de backup claras e abrangentes. É recomendado estabelecer políticas que detalhem quais dados serão copiados, a frequência dessas cópias e os locais de armazenamento, que podem variar entre soluções locais, remotas ou em nuvem. A implementação de diferentes tipos de backup, como completo, incremental e diferencial, otimiza o uso de tempo e espaço de armazenamento, garantindo a eficiência do processo.
A restauração de dados, por sua vez, exige procedimentos detalhados para assegurar a recuperação adequada das informações em caso de desastre.
A realização de testes regulares desses procedimentos é indispensável para verificar sua eficácia e identificar possíveis falhas. Somado a isso, é preciso garantir que os backups estejam armazenados em locais seguros e acessíveis, prontos para serem utilizados quando necessário, assegurando a continuidade das operações e a integridade dos dados.
Infraestrutura de TI
Para garantir a continuidade das operações em caso de desastre, a infraestrutura de TI deve ser projetada com redundância, implementando sistemas e equipamentos que assegurem a disponibilidade em caso de falha.
A utilização de data centers secundários ou soluções de nuvem para hospedar sistemas críticos é um cuidado importante que vai ajudar a manter os serviços em funcionamento
A recuperação de hardware, por sua vez, envolve a definição de procedimentos para substituir ou reparar equipamentos danificados, além da manutenção de um inventário atualizado de hardware e software.
No âmbito da recuperação de software, o plano de recuperação precisa garantir que as licenças de software estejam disponíveis para reinstalação em caso de desastre, mantendo as cópias de instalação de software em locais seguros.
Comunicação
No âmbito da comunicação interna, é necessário definir canais claros para informar os funcionários sobre a situação e as ações a serem tomadas, garantindo que todos estejam cientes dos procedimentos e responsabilidades. Neste cenário, é importante designar responsáveis pela comunicação e assegurar que eles estejam disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, para responder a perguntas e fornecer atualizações em tempo real.
No que tange à comunicação externa, é preciso definir procedimentos para comunicar-se com clientes, fornecedores e outras partes interessadas, mantendo-os informados sobre a situação e as medidas que estão sendo tomadas.
A preparação de comunicados de imprensa e mensagens para redes sociais é uma etapa importante para garantir que a comunicação seja consistente e transparente, preservando a reputação da empresa e mantendo a confiança das partes interessadas.
Treinamento
Invista em treinamentos periódicos para garantir que todos os funcionários estejam familiarizados com o DRP. Na oportunidade, faça simulações de cenários de desastre para testar a capacidade da equipe de responder a emergências.
Documentação
A documentação é um componente vital do seu plano de recuperação de desastres, exigindo a manutenção de um registro completo e atualizado. Este registro deve incluir:
- Procedimentos detalhados e passo a passo para cada etapa do plano;
- Informações de contato de todos os membros da equipe de recuperação;
- Inventário completo e atualizado de hardware e software; e,
- Planos de comunicação claros e objetivos.
A documentação deve ser armazenada em locais seguros e facilmente acessíveis a todos os membros da equipe de recuperação. A manutenção de cópias digitais e impressas do plano vai ajudar a garantir a disponibilidade da documentação em qualquer situação, facilitando a execução do plano e minimizando o tempo de inatividade em caso de desastre.
Como você viu, a elaboração de um plano de recuperação de desastres personalizado e adaptado às necessidades específicas de cada empresa ajuda a continuidade dos negócios em situações adversas. Cada organização possui particularidades em sua infraestrutura, dados críticos e processos, tornando essencial um plano que contemple esses aspectos de forma individualizada.
Um DRP bem estruturado não apenas minimiza perdas financeiras e de dados, mas também preserva a reputação da empresa e assegura a conformidade com regulamentações.
____________________________________________________________________________________________________________________A prevenção e o planejamento são pilares para a resiliência e sobrevivência dos negócios, independente do porte ou ramo de atuação. Investindo tempo e recursos na criação de um DRP, as empresas demonstram seu compromisso com a segurança e a continuidade de suas operações, preparando-se para enfrentar os desafios do futuro com confiança e tranquilidade. Gostou do conteúdo? Aproveite para conferir o artigo “Qual a importância do backup de dados para evitar perdas?”
