
Com o crescente número de ameaças cibernéticas e a necessidade de proteger dados sensíveis, a gestão de identidade e acesso é uma solução que precisa estar no radar dos gestores.
Afinal, controlar e gerenciar as identidades digitais dos usuários, garantindo que apenas as pessoas certas tenham acesso aos recursos adequados é uma responsabilidade da empresa.
Neste artigo, você vai conhecer sete componentes essenciais do IAM, desde a autenticação e autorização até o monitoramento e auditoria, descobrindo como cada um deles contribui para fortalecer a segurança e otimizar a gestão de acessos no seu negócio. Confira!
O que é gestão de identidade e acesso (IAM)?
A gestão de identidade e acesso, conhecida pela sigla IAM, é um conjunto de processos, políticas e tecnologias que permitem controlar e gerenciar as identidades digitais dos usuários dentro de uma organização.
Isso inclui a criação, o gerenciamento e a exclusão de contas de usuário, bem como a definição de permissões de acesso a recursos como aplicativos, dados e sistemas.
O IAM garante que cada usuário tenha uma identidade digital única e que essa identidade seja usada para autenticar e autorizar o acesso aos recursos da organização.
O principal objetivo dessa gestão é garantir que os usuários certos tenham acesso aos recursos certos, no momento certo e pelos motivos certos.O que é feito por meio da implementação de políticas de acesso que definem quem pode acessar quais recursos e sob quais condições.
A gestão de identidade e acesso também permite monitorar e auditar o acesso aos recursos, o que ajuda a detectar e prevenir atividades maliciosas e pode ajudar a simplificar o gerenciamento de contas de usuário e a reduzir os custos operacionais.
Quais são os componentes essenciais do IAM?
A seguir, explicamos quais são os sete componentes essenciais de uma gestão de identidade e acesso, sua relevância e o impacto que trazem na segurança de dados e conformidade legal nas empresas. Confira!
1. Autenticação
A autenticação é o processo de verificar a identidade de um usuário. Ela garante que a pessoa que está tentando acessar um recurso é realmente quem ela diz ser. Os métodos de autenticação variam, desde as tradicionais senhas, que exigem que o usuário insira uma combinação secreta, até métodos mais avançados como a autenticação multifator (MFA), que combina dois ou mais fatores de autenticação (por exemplo, senha e um código enviado para o celular), e a biometria, que utiliza características físicas únicas do usuário, como impressões digitais ou reconhecimento facial.
2. Autorização
Define os níveis de acesso que um usuário tem aos recursos de uma organização. Após a autenticação, a autorização determina o que o usuário pode ou não fazer. Ela estabelece permissões específicas, como visualizar, editar ou excluir dados, garantindo que cada usuário tenha acesso apenas aos recursos necessários para suas funções. A autorização ajuda a proteger informações sensíveis e prevenir acessos não autorizados.
3. Políticas de acesso
Compreende as regras que definem as condições sob as quais os usuários podem acessar os recursos. Elas são criadas com base em requisitos de segurança e conformidade, e aplicadas para garantir que o acesso seja concedido de forma consistente e segura.
As políticas de acesso podem levar em consideração fatores como o local do usuário, o dispositivo utilizado e o horário de acesso.
4. Gerenciamento de identidades
Abrange o ciclo de vida completo das identidades digitais dos usuários, desde a criação até a exclusão. Ele envolve a criação de contas de usuário, a atribuição de permissões, a atualização de informações e a revogação de acessos quando necessário.
Um gerenciamento adequado de identidades garante que as informações dos usuários estejam sempre atualizadas e precisas, e que o acesso seja concedido e revogado de forma oportuna.
5. Monitoramento e auditoria
Contempla os processos que rastreiam e registram as atividades dos usuários nos sistemas da organização. Eles permitem detectar e responder a incidentes de segurança, como tentativas de acesso não autorizado ou atividades suspeitas.
O monitoramento contínuo e a auditoria regular fornecem visibilidade sobre o acesso aos recursos e ajudam a garantir a conformidade com as políticas de segurança.
6. Governança de identidade
Envolve a aplicação de políticas e procedimentos para garantir a conformidade com regulamentações e padrões de segurança. Ela estabelece responsabilidades e define os controles necessários para proteger as identidades digitais dos usuários e os recursos da organização.
A governança de identidade garante que o IAM seja implementado e gerenciado de forma adequada, e que as políticas de segurança sejam seguidas.
7. Provisionamento e desprovisionamento
São processos que automatizam a concessão e a revogação de acesso aos recursos. O provisionamento concede acesso aos usuários quando eles ingressam na organização ou mudam de função, enquanto o desprovisionamento revoga o acesso quando os usuários saem da organização ou mudam de função.
A automação desses processos garante que o acesso seja concedido e revogado de forma eficiente e oportuna, reduzindo o risco de acesso não autorizado.
Quais são os benefícios da implementação de um sistema IAM?
A implementação do IAM traz uma série de benefícios para qualquer organização, começando pela segurança aprimorada. Centralizando o controle de acesso, o IAM reduz drasticamente o risco de acessos não autorizados e, consequentemente, de violações de dados.
A capacidade de definir políticas de acesso granulares, combinada com a autenticação multifator e o monitoramento contínuo, cria uma barreira sólida contra ameaças internas e externas.
A automação do provisionamento e desprovisionamento de contas minimiza o tempo de exposição de dados sensíveis em caso de desligamento de funcionários ou alterações de função.
Outro aspecto relevante é a conformidade regulatória. Em um cenário onde as leis de proteção de dados se tornam cada vez mais rigorosas, o IAM facilita o cumprimento de normas como a LGPD, GDPR e outras.
A capacidade de rastrear e auditar o acesso aos dados, gerar relatórios detalhados e aplicar políticas de segurança consistentes permite que as organizações comprovem a conformidade.
Ainda, a centralização do gerenciamento de identidades simplifica a aplicação de controles de acesso uniformes em todos os sistemas e aplicativos, garantindo que as políticas de segurança sejam seguidas de forma consistente.
Além dos benefícios de segurança e conformidade, a gestão de identidade e acesso é sinônimo de eficiência operacional e melhora a experiência do usuário. A automação de processos como o provisionamento de contas e a redefinição de senhas libera a equipe de TI de tarefas manuais e repetitivas, permitindo que se concentrem em atividades mais estratégicas.
A padronização dos processos de acesso também reduz erros e inconsistências, otimizando o fluxo de trabalho. Do ponto de vista do usuário, o IAM simplifica o acesso aos recursos, proporcionando uma experiência mais fluida e segura. O single sign-on (SSO), por exemplo, permite que os usuários acessem vários aplicativos com um único conjunto de credenciais, eliminando a necessidade de memorizar diversas senhas e melhorando a produtividade.
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Integrando os sete componentes essenciais da gestão de identidade e acesso, as organizações fortalecem suas defesas contra ameaças internas e externas, garantindo o cumprimento de normas de proteção de dados e otimizando a experiência dos usuários. A capacidade de controlar e gerenciar as identidades digitais de forma centralizada e automatizada não apenas reduz os riscos de acesso não autorizado e violações de dados, mas também simplifica processos complexos, liberando recursos para atividades mais estratégicas. Gostou de saber mais sobre o assunto? Aproveite para descobrir como implementar políticas de segurança da informação em pequenas empresas!