
Com o crescimento da infraestrutura de TI, manter tudo sob controle se torna cada vez mais desafiador. A gestão de configuração surge como uma solução essencial para mapear ativos, identificar mudanças e garantir que os sistemas funcionem de maneira integrada e segura.
Apesar de ser imprescindível, ainda é comum que muitas empresas deixem de lado esse processo devido à falta de conhecimento sobre sua função ou por acharem que ele é complexo demais para a realidade do dia a dia. Neste post, vamos explicar esse conceito e a sua importância para os negócios. Confira!
O que é gestão de configuração?
O gerenciamento de configuração é um processo essencial dentro da área de TI que consiste em identificar, controlar e monitorar os ativos tecnológicos de uma empresa, compreendendo hardware, software, redes e suas interdependências.
Essa prática não apenas organiza e documenta esses elementos, mas também assegura que qualquer alteração ou atualização seja registrada de forma precisa, evitando impactos negativos na operação.
Qual o papel da gestão de configuração na infraestrutura de TI?
Na infraestrutura de TI, a gestão de configuração é um elemento central que conecta e organiza processos vitais, como gerenciamento de mudanças, incidentes e liberações.
Segundo um estudo da Forrester, corporações que adotam essa estratégia conseguem reduzir em até 40% o tempo de resolução de incidentes e minimizar falhas relacionadas a mudanças mal gerenciadas.
Isso demonstra como gerenciar configurações é indispensável para a estabilidade e eficiência operacional no ambiente de TI.
O que a gestão de configuração ajuda a mapear?
Identificar e controlar os ativos e suas relações é uma iniciativa de extrema importância para a eficiência do setor de TI. Veja, abaixo, o que o gerenciamento de configuração ajuda a mapear para facilitar esse controle e proporcionar uma operação organizada.
Relacionamentos entre sistemas, aplicações e dispositivos
Ao controlar a configuração em TI, a empresa pode mapear as interdependências entre sistemas, aplicações e dispositivos. Conforme um levantamento da Gartner, 99% das organizações com informações imprecisas em seu banco de dados de configuração enfrentam interrupções nos negócios.
Sendo assim, manter um mapeamento preciso das relações entre os componentes de TI ajuda a evitar falhas operacionais e melhorar a resposta a incidentes.
Ativos e componentes de TI (CIs)
Um dos principais focos desse processo é catalogar os ativos de TI, conhecidos como Itens de Configuração (CIs). Eles abrangem desde servidores, computadores e roteadores até softwares, licenças e serviços digitais.
Ter um registro detalhado e atualizado desses componentes permite que a equipe de TI saiba exatamente o que está disponível, em que estado se encontra e onde está alocado, facilitando o controle e a manutenção de toda a infraestrutura.
Ambientes
Quando há um monitoramento da configuração, é possível reconhecer os ambientes em que os sistemas operam, como produção, testes, homologação e desenvolvimento.
Conhecê-los e estar a par de suas configurações específicas é fundamental para garantir que mudanças sejam testadas adequadamente antes de impactar os usuários finais. Além disso, essa separação evita conflitos e facilita o controle sobre as versões implantadas em cada contexto.
Histórico de alterações e versões
O controle sobre as definições técnicas contribui para a criação de um registro preciso das alterações e versões, aspecto que aumenta a estabilidade e segurança da infraestrutura de TI.
De acordo com um relatório da Enterprise Management Associates (EMA), companhias que implementam práticas eficazes de carga de trabalho, que incluem o controle de histórico de alterações, tendem a melhorar significativamente a eficiência operacional.
Como a gestão de configuração torna a operação mais eficiente?
A estratégia de gestão de configuração traz mais organização para a operação de TI, promovendo maior agilidade e segurança em cada atividade executada. Acompanhe, a seguir, como essa abordagem aumenta a eficiência do setor de tecnologia.
Redução de erros e retrabalho
Estabelecer um controle centralizado e atualizado dos ativos tecnológicos diminui significativamente a ocorrência de erros operacionais.
Isso evita ações baseadas em informações desatualizadas ou incompletas, reduzindo retrabalhos que consomem tempo e recursos da equipe de TI.
Resolução mais rápida de incidentes
Com uma visão clara sobre os componentes envolvidos e suas interdependências, a equipe pode identificar rapidamente a origem de falhas e agir com mais precisão.
A agilidade na resposta a incidentes colabora diretamente para a continuidade dos serviços e para uma experiência mais estável para os usuários.
Mais controle sobre mudanças
Ao administrar as configurações de tecnologia, o TI pode ter acesso aos dados necessários para avaliar o impacto de uma mudança antes que ela seja implementada.
Esse nível de controle impede alterações arriscadas e possibilita decisões mais estratégicas, alinhadas à realidade do ambiente tecnológico da organização.
Melhoria na segurança e conformidade
O registro preciso das definições e histórico de alterações permite que a organização atenda com mais facilidade às exigências de auditoria e conformidade.
Ademais, agiliza a identificação de desvios de padrão ou brechas que possam comprometer a segurança do ecossistema tecnológico.
Boas práticas para implementar a gestão de configuração
Implementar o processo de gestão de configuração de maneira eficiente começa por um inventário confiável de todos os ativos tecnológicos, sejam eles físicos ou virtuais. Esse mapeamento inicial é imprescindível para ter uma visibilidade completa sobre o que existe no ambiente e como os componentes se relacionam.
O uso de ferramentas especializadas, como uma Base de Dados de Gerenciamento de Configuração (CMDB), simplifica a organização e o rastreamento dessas informações, garantindo que estejam sempre acessíveis e atualizadas conforme as mudanças ocorrem.
Também é recomendável criar uma rotina de atualização contínua, para que a base de configurações reflita o estado atual da infraestrutura atual. Mudanças não documentadas acabam gerando ruídos no processo, impactando a tomada de decisão e a segurança operacional.
Por isso, envolver a equipe de TI desde o início, promovendo uma cultura de colaboração e responsabilidade sobre os registros, é essencial para que a iniciativa funcione de modo integrado e eficaz.
A gestão de configuração fortalece a base operacional da tecnologia das empresas ao oferecer uma visão clara e atualizada dos recursos e suas interações. Se bem estruturada, ela se torna um elemento-chave para decisões mais assertivas, respostas mais rápidas a falhas e maior controle sobre mudanças.
Ao integrar processos e promover consistência, o processo aumenta a estabilidade e melhora o desempenho do seu ecossistema digital.
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