n/a

Cibersegurança: boas práticas e como criar senhas realmente fortes

museu louvre

Em 2025, o Museu do Louvre, em Paris, voltou aos noticiários não por uma nova exposição, mas por um episódio embaraçoso de segurança.

Durante a investigação de um assalto milionário, auditorias revelaram que o sistema de vigilância do museu utilizava uma senha inacreditavelmente simples: “louvre”, exatamente igual ao nome da instituição.

De acordo com relatórios da agência francesa de segurança cibernética (ANSSI), a falha já havia sido identificada desde 2014, quando também foram encontradas senhas igualmente fracas em outros sistemas críticos.

O caso serve como um lembrete contundente: a cibersegurança falha não apenas pela falta de tecnologia, mas pelo descuido humano.

Se até o museu mais famoso do mundo pode ser comprometido por uma senha fraca, imagine o impacto desse tipo de vulnerabilidade em uma empresa que lida diariamente com dados sensíveis de clientes e operações.

O aumento das ameaças digitais

O avanço tecnológico transformou a forma como as empresas operam, mas também ampliou os riscos.

Ataques de phishing, ransomware, roubo de credenciais e engenharia social exploram justamente os pontos mais frágeis do ambiente corporativo e, em grande parte dos casos, esses pontos estão ligados às senhas.

Relatórios recentes da IBM Security mostram que mais de 80% das violações de dados envolvem credenciais fracas ou comprometidas.

Por isso, a segurança digital deve começar pelo básico: a forma como criamos, usamos e protegemos nossas senhas.

O papel das senhas na segurança corporativa

Mesmo com o crescimento de soluções como autenticação multifator e biometria, as senhas ainda são a porta de entrada principal para sistemas corporativos.
Uma senha vulnerável equivale a deixar a chave mestra da empresa pendurada na porta.

A força de uma senha depende de três fatores essenciais:

  1. Complexidade – quanto mais longa e variada, mais resistente a ataques automatizados;
  2. Exclusividade – cada senha deve ser única para evitar efeito dominó em caso de vazamento;
  3. Renovação periódica – senhas antigas são mais propensas a estarem comprometidas.

Como criar senhas realmente fortes

Criar uma senha segura não precisa ser complicado, mas exige atenção.
Veja as principais recomendações de especialistas em cibersegurança:

1. Use pelo menos 12 caracteres

Senhas curtas são fáceis de quebrar. O ideal é criar combinações entre 12 e 16 caracteres, misturando letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos.
Exemplo: Cyb3r!Seg2025#

2. Evite informações pessoais

Não use nomes, datas ou dados fáceis de associar à sua identidade.
Hackers exploram justamente essas informações, muitas vezes obtidas em redes sociais.

3. Substitua letras por símbolos

Estratégias de substituição simples aumentam a segurança sem perder a memorização:

  • “a” → “@”
  • “e” → “3”
  • “i” → “1”
  • “o” → “0”

4. Use frases-senha (passphrases)

Combinar palavras aleatórias é uma excelente prática.
Exemplo: Café#Verde!Chuva2025
Fácil de lembrar, difícil de decifrar.

5. Nunca repita senhas

Um erro comum é reutilizar a mesma senha em vários serviços.
Isso permite que uma única violação comprometa múltiplas plataformas.

6. Utilize um gerenciador de senhas

Ferramentas como Bitwarden, 1Password e KeePass armazenam e geram senhas fortes de forma segura e criptografada.

7. Ative a autenticação multifator (MFA)

A MFA adiciona uma segunda camada de proteção, exigindo algo além da senha — como um código no celular ou reconhecimento facial.
Mesmo que a senha seja descoberta, o invasor dificilmente conseguirá o acesso completo.

Boas práticas de cibersegurança corporativa

A força de uma senha individual é importante, mas ela precisa estar integrada a uma cultura de segurança digital.
Veja algumas medidas essenciais para empresas:

1. Evite redes públicas

Conexões Wi-Fi abertas são alvos comuns de interceptação.
Priorize VPNs corporativas e canais criptografados para conexões externas.

2. Cuidado com e-mails e links

Campanhas de phishing se disfarçam de mensagens legítimas para roubar senhas.
Verifique sempre o domínio e nunca insira credenciais a partir de links suspeitos.

3. Mantenha sistemas atualizados

Sistemas desatualizados possuem brechas conhecidas.
Ative atualizações automáticas e revise periodicamente os softwares utilizados.

4. Faça treinamentos recorrentes

Funcionários informados representam a melhor defesa contra ataques cibernéticos.
Promova treinamentos sobre boas práticas e conscientização de segurança.

5. Crie políticas internas claras

Defina regras de autenticação, renovação de senhas e controle de acesso.
Essas políticas devem fazer parte do plano de governança de TI e serem revisadas anualmente.

O custo da negligência

Casos como o do Louvre mostram que uma falha básica pode gerar prejuízos imensos — financeiros e reputacionais.
No ambiente corporativo, um ataque causado por credenciais fracas pode resultar em vazamento de dados, paralisação de operações e multas por violar a LGPD.

Mais do que um erro técnico, usar senhas simples é uma falha de gestão de risco.

A cibersegurança começa por onde muitos ainda negligenciam: a senha.

O exemplo do Louvre deixa claro que não existe instituição imune ao erro humano — e que uma simples decisão pode comprometer toda uma estrutura de defesa.

Adotar práticas de criação de senhas fortes, autenticação multifator e educação digital contínua é o caminho mais eficaz para reduzir vulnerabilidades e fortalecer a confiança nas operações.

Tire suas dúvidas diretamente com nossos especialistas!

Localização

Brasil

Av Nova cantareira, 2014
Tucuruvi – São Paulo|SP

Brasil

Av Nova cantareira, 2014
Tucuruvi – São Paulo|SP

Telefone

©Copyright 2023 INconnet – Todos os Direitos Reservados

Desenvolvido por DKMA TECNOLOGIA

Orçamento
Express

Preencha o Formulário